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Por quem?

  • Foto do escritor: Muriel dos Reis
    Muriel dos Reis
  • 17 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Vira e mexe me pego sentindo vontade de falar sobre isso e talvez, essa seja uma voz comum por todas nós mulheres de quarenta menos ou mais.


Grandes insights já me sacudiram a ponto de tomar grandes decisões e impactar não só a minha vida, como também bagunçar das pessoas a minha volta: a ousadia de sair da empresa familiar depois de 20 anos, sendo a primeira mulher após 2 gerações a fazer diferente, a coragem de cada post publicado me comunicando aqui nas redes sociais, porque dá frio na barriga mesmo, por ter aberto uma sociedade e fechar em menos de 1 ano com outras 2 mulheres, de iniciar um grupo de bike com 75 mulheres e não continuar pedalando, a me tornar aquela que sempre julguei iniciando as manhãs na academia 5 X na semana antes das 7hs.


Quantas coisas começamos e paramos?


E por quem? Para quem?


Durante uma formação de autoconhecimento, minha colega Joseana disse: "Muri lindo seu livro sendo você mesma, mas está sendo você mesma por ti?"


Demorei 4 anos para entender a parte: por mim mesma.


A gente faz tantas coisas e muitas vezes por uma dor, um pertencimento, uma aprovação.


Talvez, precisava completar 40 anos para sentir por mim e de fato ser eu mesma.


Minha aprovação era pela busca incessante por ser bem quista e amada, muitas vezes a qualquer custo.


A cada escolha, uma decisão, uma renúncia, e não seremos mais quem já fomos.


Estou neste momento sentada no jardim de casa escutando os passarinhos, por hora equilibrando os pensamentos entre desfrutar do momento presente e a culpa por não estar em algum atendimento ou com algum cliente.


Nos damos conta, do quanto lutamos para ser quem nos tornamos, o quanto já fizemos mil coisas, conhecemos muitas pessoas, pegamos o que não era nosso para resolver e nos deixamos em segundo plano.


Vou procurar o significado do ciclo dos 40 anos...


O sexto setênio da vida é o período entre os 35 e os 42 anos. Este período é marcado por algumas características, como: a busca por essencialidade, abandono de regras sociais e relações que não acrescentam, movimento interno para se fazer por si, responsabilidade pelo próprio desenvolvimento e a busca pela sabedoria.


Explicado!


Por mim... talvez este seja o título do próximo livro. Sem me explicar, ditar e buscar provar para os outros o quanto sei ou sou boa em algo.


Chega um ponto que a gente se dá conta e esta já é uma grande responsabilidade e movimentação interna.


Por nós mesmos!


Setembro amarelo em jardins ouvindo passarinhos.

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© 2023 por Samuel Cunha  |  Sérgio dos Reis Junior

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